Ataque ao WhatsApp: "Atualize imediatamente"

Uma vulnerabilidade de segurança no WhatsApp, o aplicativo de mensagens de propriedade da Meta, deixou os usuários do iPhone vulneráveis a um ataque cibernético avançado que visa roubar dados pessoais.
No ataque, que já dura três meses, alguns usuários do WhatsApp receberam alertas no aplicativo, alertando-os de que poderiam ser vítimas do hack "clique zero". No entanto, não foi informado quantas pessoas foram afetadas.
ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA
O WhatsApp anunciou que corrigiu a vulnerabilidade, mas os usuários precisam atualizar o aplicativo.
Donncha Ó Cearbhaill, diretora do Laboratório de Segurança da Anistia Internacional, declarou no Twitter que o WhatsApp enviou notificações de alerta às pessoas que foram alvo nos últimos 90 dias e pediu que elas "atualizassem seus dispositivos".
A vulnerabilidade, identificada pela equipe de segurança como CVE-2025-55177, também foi compartilhada em uma breve publicação no blog do WhatsApp. Foi afirmado que a vulnerabilidade poderia permitir a execução de conteúdo malicioso no dispositivo alvo sem qualquer interação do usuário.
Embora o comunicado oficial afirme que a vulnerabilidade afeta os sistemas iOS e macOS, especialistas alertam que usuários de Android também podem estar em risco. Eles enfatizam que trabalhadores de ONGs, jornalistas e ativistas são particularmente vulneráveis a esses ataques.
O QUE É UM ATAQUE ZERO CLIQUE?
O método, conhecido como “zero-click”, permite que o dispositivo seja controlado sem exigir nenhuma ação do usuário.
Normalmente, o malware infecta um telefone ou computador quando um usuário clica em um link, baixa um arquivo ou abre um e-mail.
Entretanto, em ataques de clique zero:
- O invasor tem como alvo uma vulnerabilidade crítica no sistema operacional do dispositivo ou em um aplicativo utilizado.
- Uma mensagem especialmente preparada, solicitação de chamada, arquivo ou pacote de dados é enviado ao usuário.
- Esses dados são processados automaticamente pelo dispositivo quando uma abertura é acionada. O usuário não precisa abrir a mensagem, tocar no arquivo ou fazer qualquer outra coisa.
Esses ataques são normalmente usados por grupos com recursos substanciais contra “alvos de alto valor”, como políticos, advogados, jornalistas e defensores dos direitos humanos.
O especialista em segurança cibernética Adam Boynton disse ao Daily Mail que essas vulnerabilidades são frequentemente usadas para instalar spyware, coletar dados, roubar credenciais e escutar conversas.
Os invasores podem até usar essas vulnerabilidades como ponto de partida para ataques maiores, como ransomware.
O QUE FAZER?
Especialistas recomendam que os usuários atualizem o WhatsApp para a versão mais recente, mantenham o sistema operacional do telefone atualizado e façam uma redefinição de fábrica, se necessário.
O WhatsApp declarou que notificará os usuários afetados apenas por meio de uma notificação no aplicativo.
ntv